Parlamentares paulistanos reclamam da transferência de empresas da capital para a cidade
Durante a 7ª Sessão Ordinária de 2022, nesta terça-feira (29), a Câmara Municipal de Osasco, por meio do presidente Ribamar Silva (PSD), manifestou repúdio aos vereadores de São Paulo por interferência na fiscalização de empresas na cidade de Osasco.
“Houve reclamação da Uber de que os vereadores de São Paulo foram fazer fiscalização na sede da empresa e eles não têm direito de fazer isso em outra cidade”, frisou Silva.
“Quero deixar público nosso repúdio a esses parlamentares de São Paulo, pela postura de vir fiscalizar uma empresa antes sediada na capital e hoje sediada em Osasco por conta de uma CPI aberta na Câmara de Vereadores de São Paulo. É um desrespeito com essa Casa de Leis”, acrescentou o presidente da Câmara de Osasco.
Ribamar Silva declarou ainda que o Poder Legislativo Municipal tomará as providências legais contra a ação dos vereadores de São Paulo em Osasco. “É um desrespeito com a nossa cidade, com a Câmara Municipal e nós não vamos fiscalizar empresas em outras cidades. Se isso virar moda, vai ficar uma situação desconfortável entre municípios Brasil afora”.
Com a mudança do Uber para Osasco, a capital paulista deixará de arrecadar cerca de R$ 80 milhões por ano em Imposto sobre Serviços (ISS). Segundo dados fornecidos pela Uber à CPI da Câmara Municipal de São Paulo, a empresa pagou R$ 584 milhões entre 2014 e 2020 para a cidade.
“Essa prerrogativa é dos deputados estaduais e deputados federais, são eles que têm que fiscalizar eventuais problemas entre municípios. Aos vereadores cabe fiscalizar problemas internos de suas cidades. Não queremos inimizade com nenhuma cidade”, finalizou Silva.
Em Osasco, a alíquota de ISS é de 2%, contra 5% que era pago pela empresa em São Paulo. Além da Uber, 99 e Ifood (que antes tinha sede em Jundiái) se mudaram para Osasco, entre outras.
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