Assunto veio à tona durante discussão de Moção apresentada por Elsa Oliveira A violência de gênero praticada contra mulheres que ocupam cargos eletivos ou que são candidatas foi um dos temas em debate na 18ª Sessão Ordinária da Câmara Municipal de Osasco, realizada nesta terça-feira (14). O tema veio à tona durante a discussão da Moção de Repúdio à violência sofrida pela vereadora de Cruz Alta (RS), Luirce Paz (Podemos). A parlamentar gaúcha recebeu um vídeo obsceno, após ter disponibilizado o seu contato de WhatsApp a munícipes que frequentavam uma unidade de saúde de pronto atendimento. A autora da Moção, vereadora Elsa Oliveira (Podemos), solidarizou-se com a colega gaúcha e relatou outros casos envolvendo agentes políticos do sexo feminino, como as deputadas estaduais Mônica Seixas (PSOL) e Isa Penna (PCdoB), que recentemente foram assediadas e desrespeitadas por colegas. Elsa Oliveira lembrou que existe legislação específica que pune esse tipo de assédio, com pena de um a quatro anos de prisão ou multa. “Vamos fazer valer essa legislação. Chega de mulher ser destratada e desrespeitada. Ninguém vai calar a nossa voz”, desabafou. A vereadora Juliana da Ativoz (PSOL) lamentou que o machismo esteja presente em toda a sociedade. “O machismo está aí para isso mesmo; não quer que as mulheres ocupem espaços e poder. Por isso temos que ser fortes e mais combativas”, declarou. Juliana é autora de um Projeto de Lei que institui, no Calendário Oficial de Osasco, o “Dia Marielle Franco de Enfrentamento à Violência Política contra Mulheres Negras, LGBTQIA+ e periféricas”. A matéria está em tramitação na Câmara. A vereadora Ana Paula Rossi (PL) também externou indignação aos atos de violência de gênero, praticados contra agentes políticos. “Os discursos são bonitos em defesa das mulheres, mas eu ficaria feliz se visse isso na prática”, justificou. Ana Paula relatou situações da qual ela própria foi vítima de violência de gênero. “Fiz um projeto para apresentar Título de Cidadão Osasquense ao presidente da República, Jair Bolsonaro, e fui chamada de genocida, de fascista; me mandaram voltar para casa para lavar louça e roupa. Fui cerceada e outras vereadoras foram cerceadas em suas falas”, recordou. Outra situação diz respeito à falta de comunicação com alguns secretários municipais. “Eu me sinto extremamente violada como uma líder de governo que não tem acesso a um projeto. Não é crítica pessoal a quem quer que seja, mas duvido que isso fosse feito com um líder homem”. O vice-presidente da Câmara, vereador Josias da Juco (PSD), ressaltou o empenho da atual Mesa Diretora em respeitar as mulheres. Dentre as ações, ele cita a reativação da Procuradoria Especial da Mulher. “São exemplos que devemos seguir de uma pessoa que nos representa, que é o presidente Ribamar”, concluiu.
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