

Seminário sobre Dependência
Química chega à 11ª edição
Com o tema “Bíblia Sagrada: o Livro da esperança”, encontro aconteceu
no dia 4 de julho, no Centro de Eventos – Museu da Bíblia, em Barueri.
Um ambiente de alegria e confraternização deu o tom da 11ª edição do Seminário sobre Dependência Química. Realizado no dia 4 de julho, no Centro de Eventos de Barueri (SP), onde está localizado o Museu da Bíblia (SP), o encontro reuniu cerca de 400 participantes, entre dependentes químicos em recuperação, seus familiares e dirigentes de comunidades terapêuticas. Promovido pela Sociedade Bíblica do Brasil (SBB), em parceria com as Comunidades Terapêuticas em Rede (Comter) e com o apoio da Prefeitura Municipal de Barueri, o seminário teve como tema “Bíblia Sagrada: o Livro da esperança”.
“Deus deixou histórias na Bíblia que não são bonitas, mas que poderiam ser a história de muitas pessoas. Na dependência química, por exemplo, não adianta vender ilusões. Só quem passou por isso sabe como é difícil o encontro consigo mesmo. E a Bíblia promove este encontro”, declarou o diretor executivo da SBB, Erní Seibert, em sua palestra também denominada “Bíblia Sagrada: o Livro da esperança”, o mesmo tema do Ano da Bíblia, que vem sendo comemorado em 2018 no Brasil.
Responsável pela segunda apresentação do seminário, Seibert ressaltou que “a Bíblia nos faz acreditar em algo” e relacionou aspectos que justificam esse reconhecimento do Livro Sagrado: conta histórias de pessoas que lidam com a questão da esperança; não trata do tema vendendo ilusões; e promove um encontro da pessoa consigo mesma, com o próximo, com os valores fundamentais da vida e com Deus.
A Bíblia, como destacou o diretor executivo, oferece perdão em todas as dimensões e novas oportunidades. “Ela é o livro da esperança de nossas vidas, de nossas famílias, de nossas igrejas e de nosso país”, exaltou.
A abertura do seminário foi marcada pela apresentação de vídeo com depoimentos de pessoas que tiveram suas vidas transformadas pela Bíblia Sagrada, entre elas, dependentes químicos. Encarregada de dar as boas-vindas, a gerente de Projetos Sociais da SBB, Emilene Araujo, enfatizou a importância do evento. “Quem está conosco há mais tempo sabe como a SBB valoriza as comunidades terapêuticas”, afirmou.
O primeiro palestrante, Pablo Kurlander, gestor geral da Febract (Federação Brasileira de Comunidades Terapêuticas), abordou o tema “Modelo e método de comunidade terapêutica como estratégia eficaz de atenção à dependência química”. Psicólogo, mestre e doutorando em Saúde Coletiva pela FMB-Unesp (Faculdade de Medicina de Botucatu da Universidade Estadual Paulista), Kurrlander revelou que está há 23 anos em recuperação, graças a um despertar espiritual.
Ao abordar os desafios que as comunidades terapêuticas enfrentam para sobreviver, o palestrante lembrou que ali estão pessoas que amam a causa e que querem ajudar outras pessoas, mas que nem sempre sabem como agir. Esse amadorismo fez com que, por muito tempo, essas entidades funcionassem à margem da rede de serviços. “Mesmo assim, a gente sabe que dava certo”, ressaltou, alertando para o momento histórico pelo qual o setor está passando, que exige melhoria constanlucte do atendimento.
Esse mesmo movimento, segundo o palestrante, pretende eliminar qualquer tipo de atividade religiosa nas comunidades terapêuticas. “Dá para imaginar realizar esse trabalho sem oferecer apoio espiritual?”, questionou, acrescentando que o grande desafio é transformar as entidades em algo melhor, mas mantendo sua essência.
A programação contou, ainda, com uma apresentação sobre a Rede Comter, a cargo de Luís Gustavo Américo. Ele ressaltou a evolução da rede e o apoio recebido desde a sua criação. “Eu só tenho a agradecer à SBB e à Comter porque, por meio dessa parceria surgiu a Bíblia Despertar, que uniu a técnica dos 12 passos ao lado espiritual”, afirmou.
O evento foi pontuado por atrações culturais apresentadas pelas entidades Associação de Apoio à Família (SAF), Coral Emancipar e Futuro Melhor, de Barueri. O grupo Pura Adoração, da Casa Refúgio, encerrou a programação, com muita animação.
As Comunidades Terapêuticas em Rede (Comter) foram criadas pela Sociedade Bíblica do Brasil (SBB), em parceria com comunidades terapêuticas que têm na Palavra de Deus a direção de seus trabalhos. Tem como objetivo ser referência multidisciplinar de reflexão, formação de ideias, discussões de cooperação e desenvolvimento das comunidades terapêuticas. Além disso, busca contribuir na qualidade do desenvolvimento das atividades de comunidades terapêuticas e organizações sociais que trabalham no processo de prevenção e tratamento da dependência química, bem como promover informações, troca de experiência e facilitar o estudo da Bíblia entre o público envolvido nessa questão.
A SBB e o programa Assessorar para Fortalecer a Recuperação do Dependente Químico – Fundada em 1948, no Rio de Janeiro, a Sociedade Bíblica do Brasil tem como missão "promover a difusão da Bíblia e sua mensagem como instrumento de transformação e desenvolvimento integral do ser humano”. É uma entidade sem fins lucrativos, de natureza social e cultural. Sua finalidade é traduzir, produzir e distribuir a Bíblia, um bem de valor inestimável, que deve ser disponibilizado a todas as pessoas. Por seu caráter social, desenvolve programas com o objetivo de promover o desenvolvimento espiritual, ético e social da população brasileira.
O programa Fortalecer a Recuperação do Dependente Químico tem o objetivo de contribuir para a recuperação dos dependentes químicos e prevenir o uso de drogas. É desenvolvido em parceria com organizações especializadas no tratamento terapêutico desse público. Em parceria com essas organizações, a SBB criou a Comter (Comunidades Terapêuticas em Rede), a fim de estimular a troca de experiências e a utilização da Bíblia no processo de recuperação.
Por meio deste programa, desde 2008, a SBB promove os seminários, cujo grande diferencial é divulgar o papel da Bíblia neste processo, incentivar a participação de dependentes químicos em recuperação, sejam eles internados em comunidades terapêuticas ou em tratamento ambulatorial, e auxiliar pessoas que trabalham com esta questão.